O maior inimigo
do cérebro do enxadrista – o esquecimento
Em 1992 ainda se jogava no ritmo clássico de 2 horas para 40 lances + 1 hora para 20 lances, sendo a partida adiada para o dia seguinte ao final de 6 horas de jogo.
Esta situação ocorreu no final do 2º dia, completadas quase 12 horas de jogo, quando o MI Joaquim Mate, com brancas, tinha acabado de completar o seu lance 120 (o último do controle de tempo), jogando Rc6.
Numa posição com
vantagem “quase” decisiva, o enxadrista Neurónius Keimadus, com negras, deveria
fazer o último lance antes do controle de tempo - o lance secreto - e antes de
novo adiamento da partida (de acordo com as regras da época, o lance secreto
era escrito no registro de partida mas não era executado no tabuleiro, sendo
fechado num envelope até a partida ser retomada. No envelope eram anotados os
tempos de cada enxadrista e a posição antes do lance secreto).
Porém… (sempre tinha
um “porém” quando Neurónius Keimadus jogava) o artista esqueceu que o tempo
estava contando, ficou pensando e não fez o último lance antes do controle de
tempo (o lance secreto), tendo perdido a partida… que moleza!
Mesmo depois desta
situação Neurónius Keimadus não apresentou melhoras: a galera fala que levou
“mate celular” várias vezes…
Na próxima semana: O
dia em que um português quase bateu Anatoly Karpov.
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